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Estiagem pode prejudicar safra de arroz em Itajaí

Rio Itajaí-Açú na medição das 15h em Blumenau | Fonte: Epagri/Ciram

Por outro lado, a seca ajuda na colheita do aipim, que é outro produto agrícula cultivado em Itajaí.

Baixo índice de chuvas na região durante todo o mês de abril tem reduzido o nível dos rios Itajaí-Açú e Itajaí-Mirim e pode trazer consequências tanto para agricultores quanto para os consumidores de alimentos produzidos na área rural do município. Os efeitos podem ser sentidos principalmente nas culturas de arroz irrigado, que são as principais do município, e nas hortaliças. Com o nível dos rios baixos há necessidade de utilizar bombas por mais tempo para irrigar as plantações, aumentando o custo de energia elétrica e, consequentemente, o custo final da produção dos alimentos.

Além disso, a própria safra do arroz é prejudicada. De acordo com informações da Secretaria de Agricultura e Expansão Urbana de Itajaí, a colheita da brotação do arroz (ou “soca”, como é conhecida) teve uma redução de mais de 65% em relação ao esperado. “A colheita representa aproximadamente 500 toneladas e só foram colhidas 170 toneladas”, conta o secretário de agricultura de Itajaí, César Reinhardt.

Mapa dos rios | Fonte: Epagri/CiramRio Itajaí-Açú na medição das 15h em Blumenau | Fonte: Epagri/CiramRio Itajaí Mirim na medição das 14h45 em Brusque | Fonte: Epagri/Ciram

Colheita do aipim

Se nos cultivos de arroz e hortaliças o cenário é de medo do que pode acontecer se a estiagem continuar, os agricultores que trabalham com plantações de aipim aproveitam a estiagem para fazer a colheita. “A seca até favorece, pois o aipim, com excesso de chuva, apodrece no solo”, explica César. O aipim também é um dos principais produtos rurais do município.