Dengue em Itajaí está em situação alarmante

Bairros Cordeiros e Fazenda registram 70% dos casos confirmados.

Não é porque o mundo vive uma pandemia de coronavírus que os mosquitos da dengue entraram em quarentena. Muito pelo contrário, o número de casos da doença em Itajaí nos primeiros meses do ano já é superior ao ano de 2019 inteiro. O município tem 90 casos confirmados e 4 aguardando resultado de exames. “O município de Itajaí é considerado infestado, ou seja, tem a presença do mosquito Aedes Aegypti. Atualmente as áreas que merecem mais atenção são o bairros de Cordeiros, com 35 casos, e Fazenda, com 28 casos, mas não podemos descuidar das novas áreas”, alertou o gerente do Núcleo de Controle de Zoonoses do município, Lúcio Vieira.

Entre os casos investigados há um caso de maior gravidade aguardando o resultado dos exames, que são processados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis. Normalmente os exames costumam demorar em torno de cinco a sete dias, forçando o tratamento da doença sem ter a confirmação do diagnóstico. Mesmo com a alta demanda de testes pela pandemia da covid-19 o tempo para receber o resultado tem sido mantido.

Número de casos da dengue em Itajaí

2017 (1)
2018 (1)
2019 (79)
2020 (90) até hoje

Principais sintomas

• Febre alta, acima de 38.5ºC
• Mal estar
• Dor muscular forte
• Dor quando mexe os olhos
• Falta de apetite
• Dor de cabeça
• Manchas vermelhas em qualquer parte do corpo

Estratégias para combate

A melhor estratégia, segundo Lúcio, é evitar acúmulo de água parada para acabar com os criadouros do mosquito transmissor, sendo fundamental a participação da população. Os agentes de endemias continuam visitando as casas para auxiliar e orientar a comunidade, mas não podem estar em todas as casas a todo o momento. 

Outra ação que tem sido realizada pela Prefeitura é o popular “fumacê”, que é a pulverização em UVB (Ultra Baixo Volume) do inseticida Malathion, recomendado pelo Ministério da Saúde para combate ao mosquito adulto. O fumacê tem sido aplicado nos arredores de locais onde há casos registrados, já que só é eficaz no combate ao mosquito e não às larvas.